´Venda caiu no comércio não por culpa do Reúne Ilhéus´, diz manifestante
Integrante do Movimento Reúne Ilhéus, o estudante Shi Mário Schneider criticou a postura de lideranças do comércio local que atribuiram a queda do movimento do setor ao acampamento existente à porta da Prefeitura há mais de 40 dias. "O Comércio de Ilhéus é prejudicado, quando a prioridade dos melhores pontos é dos grandes empresários, quando o pequeno comerciante é escanteado aos bairros, subúrbios e distritos. Quando não se mantem uma limpeza pública de qualidade. Quando temos uma má iluminação, o que favorece a ladinagem. Quando não se tem estímulos à descentralização do comércio e criação de novos polos comerciais… Enfim, todas estas questões são de responsabilidade do poder público, não do Reúne Ilhéus", escreveu o estudante.
Ele também sugeriu uma nova destinação à área do acampamento, nas imediações da praça J.J. Seabra. "Que se crie um grande calçadão, se possível com o nome Calçadão Reúne Ilhéus. Melhora o fluxo de pessoas, cria-se outro ambiente de convívio na cidade, favorece aos taxistas com esse fluxo e pode-se criar até um espaço cultural no local, para favorecer ainda mais os artistas dessa terra que sofrem com a falta de espaço ou um espaço para os skatistas, que já usam o lugar de toda forma todas as noites".
De acordo com Schneider, qualquer um com mínimo de conhecimento financeiro sabe: "Se o povo gasta menos com o transporte coletivo, pagando uma passagem mais barata, aumenta seu poder de compra, ou seja, sobra mais dinheiro para consumir no comércio e assim, o comércio de Ilhéus também se beneficia!", assinala. De acordo com o presidente da CDL de Ilhéus, Paulo César Ganem, o movimento no comércio local caiu cerca de 30 por cento.